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“Ser Analista é, antes que uma profissão, principalmente uma exigência interior, uma paixão pela Alma Humana, um modo de viver a sua criatividade, pois a prática da análise é uma arte, a arte de criar ALMA”

                                                                          Marie Louise Von- Franz

Na Análise Junguiana a expressão verbal é associada a várias técnicas expressivas não verbais tais como a análise de sonhos, os desenhos, a plasticina/ barro, a caixa de areia, a imaginação activa, a dança. Todas estas técnicas favorecem a elaboração das experiências vividas pela pessoa, em particular das suas dificuldades e conflitos internos. Estas técnicas têm em comum a utilização do mundo simbólico para aceder ao mundo inconsciente.

SONHOS

No início de cada psicoterapia/ análise peço sempre à pessoa que escreva e traga os seus sonhos. Para entender o significado do sonho, é muito importante olharmos atentamente as suas imagens e os sentimentos desencadeados na pessoa. Estas imagens são símbolos espontâneos que vêm directamente do nosso inconsciente e que nos dão conta dos processos psíquicos mais profundos. Muitas vezes comunicam angústias, alegrias, conflitos, desejos. Apontam caminhos. São, para mim, uma verdadeira ponte entre o consciente e o inconsciente

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DESENHOS/ PLASTICINA/ BARRO                                 

Os desenhos, a plasticina e o barro são outras ferramentas muito utilizada nas minhas consultas. Ainda que a maioria dos adultos diga que não sabe desenhar ou moldar o importante é a capacidade de entrega ao material e permitir que neste surja aquilo que é necessário vir mostrar-se do inconsciente. Representar o medo, a raiva, a tristeza e a alegria ou qualquer outra situação como um sonho, uma visão, um encontro pode trazer uma riqueza imensa sem que a própria pessoa se dê conta.

CAIXA DE AREIA (SANDPLAY)                       

A Caixa de Areia (Sandplay) introduzido por Dora Kalf é uma técnica que utiliza uma caixa de areia (molhada ou seca) onde as pessoas são convidadas a criar cenários, num ambiente protegido, usando miniaturas que representam tanto o mundo real como o mundo da fantasia. A expressão num cenário activa energias regeneradoras e curativas, resultando numa tentativa de restauração do funcionamento natural da Psique e realçando uma melhor ligação entre o Ego consciente e o Eu inconsciente. No fundo, quando a pessoa se entrega verdadeiramente às sessões de caixa de areia permitem aceder a partes escondidas em nós (inconscientes) de uma forma lúdica e espontânea.

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CONTOS DE FADAS                     

No âmbito de uma análise utilizo a leitura de contos de fadas quando a temática que estamos a abordar é a mesma de determinado conto. Os contos de fadas remetem-nos para conteúdos arquetípicos do inconsciente colectivo de uma cultura. Temas e imagens que todos temos dentro de nós que podem ser activados aquando da leitura de um conto de fadas. Esta leitura é frequentemente uma forma fácil de amplificar o tema em causa.

IMAGINAÇÂO ACTIVA                          

Jung criou a Imaginação Ativa no seu próprio processo de auto- análise. Esta técnica consiste numa interacção espontânea com os conteúdos do inconsciente através da sua personificação. Trata-se de um sonhar acordado, que ocorre após uma fase de relaxamento. A pessoa concentra-se numa imagem inicial que se transforma num cenário com uma estrutura dramática semelhante à dos sonhos. De seguida, o material da imaginação activa pode ser expresso em qualquer forma de expressão: desenho, barro, plasticina, caixa de areia, dança, por escrito. Estes conteúdos simbólicos são depois ser olhados e analisados no âmbito da análise.

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